Para conseguirmos montar este quebra-cabeça teórico, primeiramente temos que entender o que seria o buraco de minhoca, além do óbvio de que é um túnel formado por distorções no espaço-tempo e pela semântica de cada propriedade.
Explicando o espaço-tempo
O espaço é uma determinada posição material; o tempo é uma sequência de transformações da matéria derivada de acontecimentos. O tempo é movimento e consequência; o espaço é um estado de posição. Logo, não poderia ter espaço sem o tempo, nem o tempo sem o espaço.
Entender o espaço é conseguir levar à imaginação possibilidades de finitude no infinito, ou seja, o espaço é infinito pois expande, mas seria finito no limite infinito de sua expansão. Como se, ao expandir, avançasse em um infinito de expansão e, o que existia por detrás, do outro lado do que não expandiu, simplesmente não existe já que não há existência de nada que não tenha matéria, gravidade, força nuclear e energia. Devemos imaginar o universo, o vácuo, como um plano, uma plataforma onde todos esses acontecimentos que revelam a existência interferem nessa plataforma.
A massa é tão concentrada em um buraco negro que a luz é convertida, assim como todas as partículas, a uma partícula proveniente dos fótons. É a energia exótica necessária para fazer valer a equação física do buraco de minhoca. Energia exótica seria um tipo de energia do qual ainda não temos conhecimento. Mas seria uma energia negativa que ainda não foi descoberta, mas essencial para manter aberto um buraco de minhoca sem que todas as forças o fechassem imediatamente.
Relação do buraco negro com o de minhoca
Mas o que o buraco negro tem a ver com o de minhoca? Ainda não sabemos qual é a matéria que se forma para que o buraco negro seja tão massivo a ponto de engolir até a luz, mas quem sabe não é a tão procurada matéria exótica necessária para atravessar o buraco negro e encontrar uma outra dimensão?
E se no universo, como praticamente tudo na vida, o espaço-tempo fosse como uma estrutura quaternária das proteínas? E se a matéria fosse como proteína que compõe cada universo, e este como estrutura primária de cada um?
Por enquanto tudo são suposições lógicas ou tentativas de lógica que tentam validar equações que servem para formatar situações com resultados assertivos. Quem sabe um dia não teremos a "teoria de tudo", unificando a Relatividade Geral com a Mecânica Quântica, chegando a um denominador espacial.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do TecMundo, é doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia, com especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios (Harvard). É membro da Mensa International, a associação de pessoas mais inteligentes do mundo, da Sociedade Portuguesa de Neurociência e da Federação Europeia de Neurociência. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), considerado o principal cientista nacional para estudos de inteligência e alto QI.