A Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) anunciaram, nessa quarta-feira (28), as primeiras empresas privadas selecionadas para operar o lançamento de veículos espaciais não militares orbitais e suborbitais na Base de Alcântara, no Maranhão.
Venceram o edital de chamada pública, lançado em maio do ano passado, as empresas Virgin Orbit, Hyperion e Orion AST, sediadas nos Estados Unidos, e a canadense C6 Launch. De acordo com a AEB, cada uma delas ficará responsável por operar uma unidade do Centro Espacial de Alcântara, considerado um dos melhores pontos de lançamentos espaciais do mundo.
O sistema de plataforma VLS, por exemplo, será operado pela Hyperion, enquanto o lançador suborbital ficou com a Orion AST e o aeroporto de Alcântara, localizado dentro da base, terá o controle da Virgin Orbit. Já a C6 Launch foi escolhida para gerenciar a Área do Perfurador.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes participou do anúncio, em Brasília.Fonte: MCTI/Divulgação
Depois do anúncio, as novas parceiras da autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) agora seguem para a fase de negociação contratual. A expectativa é que os primeiros lançamentos operados pelas empresas estrangeiras em Alcântara aconteçam no início de 2022.
Programa Espacial Brasileiro
A operacionalização da “Janela Brasileira para o Espaço”, como a base é apresentada pela AEB, pode ter impactos positivos no desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, de acordo com o comandante da Aeronáutica Baptista Júnior.
Conforme o tenente-brigadeiro do ar, a iniciativa promoverá um intercâmbio de experiências essencial para aperfeiçoar o desenvolvimento de novos projetos e processos, além de contribuir para a evolução do mercado de serviços e da indústria aeroespacial nacional.
O ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes também comemorou a parceria com as empresas estrangeiras. “Nós lançamos, desde 2019 até agora, quatro satélites brasileiros. Muita coisa ainda vem aí”, disse. O lançamento de nanossatélites deve ser uma das prioridades a partir destes novos acordos.
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