Butantan monta rede para tratar pacientes de Covid-19 com plasma

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Imagem: Butatan/Reprodução

O Instituto Butantan anunciou, nesta segunda-feira (26), que vai organizar e coordenar uma rede para garantir o tratamento de pacientes com Covid-19 a partir da transfusão do chamado “plasma convalescente”. O insumo é obtido a partir do sangue de pessoas infectadas pelo coronavírus.

De acordo com Dimas Covas, presidente da instituição, ainda não existem terapias específicas contra a doença. Contudo, o tratamento com plasma, que também tem sido feito nos Estados Unidos, tem trazido bons resultados.

“O objetivo do plasma é transferir ao paciente anticorpos de maneira passiva, até que o organismo afetado tenha tempo de reagir e montar a sua resposta imune. Trata-se de uma vacina instantânea, uma forma de tratamento que pode ser usada em meio à pandemia”, explicou Covas.

O plasma é retirado do sangue de voluntários e contém anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2. O Butatan obterá o plasma por meio de doação de sangue voluntária de pessoas que já foram contaminadas pelo novo coronavírus e que, portanto, já possuem anticorpos.

Segundo o Butatan, o plasma de convalescente é indicado para pessoas que estão apresentando sintomas de covid-19 há, no máximo, 72 horas, e que têm diagnóstico confirmado por exames. Pessoas imunossuprimidas (indivíduos com redução da funcionalidade do sistema imunológico por causa medicamentos ou tratamentos), idosos e pacientes com comorbidades são o público-alvo do tratamento.

Serviço

A nova estrutura para coletar, distribuir e utilizar o plasma convalescente será montada no estado de São Paulo. Os projetos pilotos serão implantados em Santos, no litoral sul, e em Araraquara, no interior.

O Butatan esclareceu sobre as regras que os voluntários deverão seguir para doar o plasma:

  • Ter boas condições de saúde.
  • Ter entre 16 e 69 anos.
  • Pesar no mínimo 50 kg.
  • Evitar alimentação gordurosa antes da doação.
  • Apresentar documento original com foto.
  • O voluntário precisa ter sido infectado pelo coronavírus pelo menos 30 dias antes da doção.

Além disso, foi explicado que somente homens poderão se voluntariar. De acordo com o Butatan, no período de gestação as mulheres liberam anticorpos na corrente sanguínea que podem causar uma reação grave chamada TRALI (transfusion-related acute lung injury) no paciente que recebe a transfusão.

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