A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (20), o uso emergencial de dois anticorpos para tratar pacientes com covid-19. O coquetel é composto pelos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe, que são proteínas feitas em laboratório e que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater patógenos nocivos como o Sars-Cov-2 (coronavírus).
De acordo com a indicação da Anvisa, o medicamento poderá ser usado em pacientes adultos e pediátricos (a partir de 12 anos) que estão com quadros leves e moderados da doença infecciosa. Além disso, outra sugestão é que a medicação seja utilizada em enfermos que têm alto risco de a doença progredir para formas graves, o que inclui pessoas com mais de 65 anos ou com doenças crônicas.
A autoridade sanitária do país ressaltou também que os anticorpos não previnem contra a covid-19 e serão administrados somente em ambiente hospitalar. O casirivimabe e imdevimabe também não deverão ser usados em pessoas que estão internadas ou que precisam de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica. A agência ressaltou que os estudos mostram que o coquetel não melhora o quadro de pessoas nesses estados.
O medicamento será administrado por infusão intravenosa nos pacientes. Entre os possíveis efeitos colaterais estão anafilaxia (reação alérgica aguda), febre, calafrios, urticária, coceira e rubor.
A Anvisa pontuou, ainda, que a segurança e a eficácia dos anticorpos continuam sendo avaliadas por estudos médicos.
“Esse medicamento se torna o segundo aprovado pela Anvisa, com indicações de uso especificamente contra a covid-19, reforçando o arsenal terapêutico disponibilizado à sociedade para o enfrentamento dessa pandemia, fazendo coro com as 5 vacinas já autorizadas”, disse Meiruze Freitas, diretora relatora da 6ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada.
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