Hoje, 7 de abril, é o Dia Mundial da Saúde. A criação da data coincide com o dia da fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a agência especializada em saúde da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorrida em 7 de abril de 1948. A comemoração da data passou a ser feita dois anos depois.
Neste dia, diversos países promovem celebrações para lembrar o principal objetivo da data: garantir o melhor nível de saúde possível para as pessoas em todo o mundo. O postulado ganha contornos dramáticos após um ano de pandemia da covid-10, que atingiu de forma destruidora e igualitária todas as nações do mundo, deixando um rastro de mortes que se aproxima dos 2,9 milhões de pessoas.
Se a distribuição do coronavírus se deu de forma democrática, o mesmo não se pode dizer da atenção à saúde. De acordo como os líderes da OMS e da ONU, as desigualdades sociais que já existiam antes de o vírus se espalhar passaram a simbolizar um risco para bilhões de pessoas no planeta, sobretudo na questão da distribuição das vacinas contra a covid-19.
Fonte: PAHO/DivulgaçãoFonte: PAHO
Construindo um mundo mais justo e saudável
Ao eleger o slogan “Construindo um mundo mais justo e saudável” como tema do Dia Mundial da Saúde 2021, a OMS lembra que alguns grupos não apenas têm acesso limitado aos serviços de saúde, como também lutam para sobreviver em um perverso cenário de baixa renda, habitação precária, educação de má qualidade, desemprego e salários medíocres.
Esses cidadãos do mundo não são apenas excluídos da cura das doenças. Eles não têm acesso a ambientes seguros, a água e ar limpos e a serviços básicos de saúde, além de sofrer de insegurança alimentar. Tais privações podem levar a sofrimento desnecessário, doenças evitáveis e morte prematura, causando prejuízos sociais e econômicos.
Por entender que todas essas injustiças são evitáveis, os representantes da OMS solicitam aos governantes que garantam que a isonomia na saúde seja o foco da recuperação da pandemia da covid-19.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, usou a sua conta no Twitter para criticar a concentração de vacinas em um pequeno grupo de nações economicamente desenvolvidas. Para ele, essas desigualdades são "imorais e perigosas para a nossa saúde, nossa economia e nossa sociedade".
Ações para a pandemia e período pós-pandêmico
Em consonância com as declarações dadas pelo secretário-geral da ONU, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a covid-19 "exacerbou as desigualdades entre os países e dentro deles". Ele entende que, embora todos tenhamos sofrido o impacto da pandemia, "os mais pobres e marginalizados foram os mais atingidos".
Para indicar possíveis caminhos capazes de reverter o cenário de desigualdades que critica, Tedros publicou uma lista de cinco prioridades vitais que, na prática, devem ser adotadas em nível global para que a desejada equidade na saúde seja atingida, tanto durante a pandemia quanto no período pós-pandêmico:
- Investir na produção equitativa e no acesso às ferramentas de combate à Covid-19
- Investir em cuidados primários de saúde
- Priorizar saúde e proteção social
- Construir bairros seguros, saudáveis e inclusivos
- Melhorar os sistemas de dados e informações de saúde.
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