Na última sexta-feira (2), a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram uma imagem impressionante da Nebulosa do Véu, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Resultado da morte de uma estrela gigantesca – cuja massa estimada era 20 vezes maior que a do Sol –, a formação se encontra a 2.100 anos-luz da Terra, e o material espalhado é o que sobrou cerca de 10 mil anos após uma explosão que devorou tudo em seu caminho.
A foto não é inédita, uma vez que sua primeira publicação se deu pela agência norte-americana há seis anos, em 2015. De todo modo, um processamento adicional de dados brutos gerados pelo Hubble forneceu aos cientistas uma visão detalhada das ondas de gás presentes na região. "Para criarmos esta imagem colorida, utilizamos cinco filtros diferentes em observações da Wide Field Camera 3", explica a entidade, destacando o instrumento manuseado pela equipe, parte do telescópio.
"Os novos métodos de pós-processamento aprimoraram ainda mais os detalhes das emissões de oxigênio duplamente ionizado (visto aqui em tons de azul), hidrogênio ionizado e nitrogênio ionizado (em variações de vermelho)", complementa a instituição. O resultado você confere abaixo.
Tratamento garantiu visual deslumbrante a material já publicadoFonte: NASA/ESA
"Beleza astronômica surpreendente!"
Nebulosas são apenas mais uma etapa da vida de estrelas e planetas, ainda que pareçam a nós o fim dos objetos. Isso porque, em algum momento, acabam se aglutinando em aglomerados cada vez mais compactos e têm potencial de originar novos sistemas em um processo lento de bilhões de anos de duração.
Quanto ao ambiente destacado pela captura, indica a NASA, a estrela falecida teve uma existência rápida e morreu jovem, e as ondas de choque do evento "esculpiram o delicado arabesco" exibido hoje em dia, "criando um cenário de surpreendente beleza astronômica."
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