O primeiro caso de infecção causada pela variante sul-africana do novo coronavírus no Brasil foi identificado nessa quarta-feira (31) na cidade de Sorocaba, em São Paulo. A mutação, conhecida como B.1351, ainda não havia sido encontrada no país.
De acordo com o coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus do Estado Paulo Menezes, que confirmou a detecção da variante, a paciente é uma dona de casa de 34 anos de idade, moradora da cidade localizada a pouco mais de 80 km de distância da capital paulista.
Ela teve um quadro leve da doença, apresentando os primeiros sintomas no dia 5 de março, e não realizou viagem ao país africano nem teve contato com viajantes que estiveram por lá ou pessoas de outras cidades. O marido e os filhos da paciente também foram diagnosticados com covid-19, mas apenas a mulher teria sido infectada pela variante.
A análise das amostras da paciente foi feita pelo Instituto Butantan.Fonte: Freepik
A paciente, cujas amostras foram coletadas para análise no dia 26 pelo Instituto Butantan, não precisou ser internada e não está mais em fase de transmissibilidade do vírus, segundo a Prefeitura de Sorocaba. Tanto ela quanto os familiares são monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal.
Evolução da variante brasileira?
Apesar de o governo paulista e a prefeitura municipal terem confirmado a identificação da variante B.1351 na paciente, o Instituto Butantan ainda não tem certeza de que se trata da mutação surgida na África do Sul.
Conforme o diretor do Butantan Dimas Covas, a variante encontrada em Sorocaba pode ser uma evolução da cepa brasileira, também conhecida como P.1, que ainda não havia sido identificada pelos pesquisadores.
Para Covas, é preciso acompanhar o caso com atenção e verificar se há outras incidências. Já a administração municipal acredita que o aparecimento da variante seja responsável pelo aumento abrupto de casos na cidade e planeja reforçar a vacinação para frear a circulação do coronavírus.
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