Diversos robôs, como os da Boston Dynamics, causam espanto pelas habilidades que apresentam. E se, uma vez danificados, eles pudessem se regenerar sozinhos? Bem, cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego dão pistas de que isso não está muito longe de acontecer e revelaram, em artigo publicado no American Chemical Society, uma máquina com tal capacidade.
De apenas 2 centímetros de comprimento e em formato de peixe, o pequenino, visto no GIF logo abaixo, é composto de três camadas. Enquanto a inferior contém uma parte condutora e a superior uma tira de micropartículas magnéticas (Nd2Fe14B), entre elas está uma camada hidrofóbica.
Por sua vez, a cauda possui platina, que reage com o combustível de peróxido de hidrogênio para formar bolhas de oxigênio, que impulsionam a unidade. Quando cortada, a magia acontece. Confira a novidade em ação.
Basta cortar a cauda e ver a magia acontecer.Fonte: Reprodução
Estratégias de reparo e implicações
A criação, posicionada sobre uma placa de Petri (para que Joseph Wang e a equipe à frente do projeto analisassem tudo com cuidado), traz resultados impressionantes. Uma vez separados, os pedaços "viajam" de maneira autônoma para se reencontrarem, graças à interação magnética.
Segundo os pesquisadores, o mesmo ocorre com três "fatias" ou, simplesmente, se a fita é colocada em uma posição diferente. A expectativa, agora, é incorporar a tecnologia em robôs maiores, salvando, por exemplo, linhas de produção emperradas ou mesmo evitando que humanos se coloquem em situações de risco para consertar dispositivos.
Joseph Wang, líder do projeto.Fonte: Reprodução
De todo modo, a invenção já pode trazer avanços a diversas áreas em seu formato atual. Limpezas de ambientes de difícil acesso ou realização de cirurgias que se aproveitem de unidades de polímeros quebradiços ou hidrogéis macios, facilmente rachadas ou rasgadas, estão entre os candidatos aos benefícios.
"O novo método de autocura representa um passo importante em direção ao desenvolvimento de estratégias inéditas de reparo 'on-the-fly' para nadadores robôs em pequena escala", diz um dos trechos do estudo.
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