Enquanto a vacinação ajuda na prevenção da covid-19, vários medicamentos para tratar a doença causada pelo novo coronavírus estão em testes atualmente, surgindo como uma luz no fim do túnel para facilitar a recuperação das pessoas que se infectaram.
De acordo com o Clinical Trials Registry Platform, uma plataforma que reúne dados de ensaios clínicos em todo o planeta, mais de 2,7 mil estudos envolvendo tratamentos contra covid-19 foram registrados desde o início da pandemia, em 2020, dos quais 1,4 mil estão à procura de voluntários no momento ou já passaram por esta etapa.
Um dos ensaios em andamento é o soro desenvolvido pelo Instituto Butantan, que recentemente recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em humanos.
Os testes seguem em ritmo acelerado nos laboratórios.Fonte: Unsplash
Além dele, destacamos a seguir outros tratamentos experimentais contra covid-19 que avançaram nas últimas semanas e podem ser essenciais para reduzir o número de mortes em um futuro próximo, caso sejam aprovados em definitivo.
Soro do Butantan
O produto, que consiste em um líquido injetável composto por anticorpos contra o Sars-CoV-2, objetiva frear o agravamento da doença nos infectados, protegendo especialmente o pulmão, como demonstraram os testes feitos em animais, considerados extremamente efetivos pelo instituto.
O soro contra covid-19 do Butantan já pode iniciar os testes.Fonte: Unsplash
A redução da carga viral nos pacientes e o combate a diferentes variantes do coronavírus também foram notados nas primeiras etapas. Com o início dos testes em humanos, será possível verificar a segurança, a dosagem ideal e a sua eficácia em um grande número de pessoas.
Coquetel anticovid da Roche
Desenvolvido pela farmacêutica Roche, o coquetel está na fase 3, na qual será possível testar sua eficácia. Administrado por aplicação intravenosa, ele combina as substâncias casirivimab e imdevimab, que foram capazes de reduzir em 70% os riscos de internação e morte nos testes realizados em pessoas com possibilidade de agravamento do quadro.
Ele tem aplicação intravenosa.Fonte: Pixabay
Feito à base de anticorpos monoclonais, reproduzidos em laboratório a partir de anticorpos retirados de doentes que se recuperaram, o coquetel também reduziu de 14 para 10 dias a duração dos sintomas, apresentando efeitos colaterais em apenas 1% dos pacientes.
Molnupiravir
Criado pela Merck Sharp & Dome (MSD) em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics, o Molnupiravir é um antiviral de uso oral que age diminuindo a carga viral após o quinto dia de tratamento nos doentes não hospitalizados, segundo os laboratórios. Os efeitos adversos nos experimentos iniciais foram considerados “irrelevantes”.
Antiviral da Merck e da Ridgeback.Fonte: Unsplash
Ele atua inibindo a replicação de vírus de RNA, como é o caso do causador da covid-19, e também se mostrou eficiente nos estudos em laboratório contra o MERS-CoV e o Sars-CoV-1, relacionados ao surgimento de sintomas da síndrome respiratória.
Antiviral da Pfizer
Também administrado oralmente, logo após o surgimento dos primeiros sintomas, o antiviral desenvolvido pela Pfizer começou a ser testado em humanos agora. Mas os experimentos in vitro resultaram em uma ação potente contra o Sars-CoV-2, de acordo com a companhia.
A Pfizer também está desenvolvendo um antiviral, além de ter criado uma vacina.Fonte: Unsplash
Este medicamento, denominado PF-07321332, é um inibidor de protease, enzima que faz o vírus se multiplicar no organismo. Ao agir nos estágios iniciais da infecção, ele impede a replicação do patógeno nas células, podendo ajudar a evitar o desenvolvimento de quadros mais graves.
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