A Anvisa negou em reunião realizada nesta quarta-feira (31) um pedido do Ministério da Saúde para importação e distribuição da vacina Covaxin. Seriam adquiridas 20 milhões de doses do imunizante.
O diretor da Agência, Alex Machado, votou contra a autorização, justificando que a "área técnica da Anvisa identifica riscos e incertezas no uso da Covaxin nas condições atuais" e que os "dados disponíveis para a análise não permitem concluir sobre o grau de eficácia e segurança da vacina". A decisão foi unânime entre os presentes.
O pedido do governo foi realizado de acordo com a lei 14.124, que facilita a compra de vacinas pela União, estados e municípios. O texto indica uma "brecha" para a importação de imunizantes, após aprovações de outras autoridades sanitárias ao redor do mundo. Neste caso, o governo federal se baseou na decisão da agência sanitária da Índia para liberar as doses.
Cronograma
A decisão impactou o calendário de vacinação previsto pelo Ministério da Saúde, que já havia assinado acordo para a compra dos imunizantes. O cronograma contava que seriam distribuídas oito milhões de doses ainda em março, mais oito milhões em abril e quatro milhões em maio.
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