Uma mulher da Flórida, Estados Unidos, deu à luz ao primeiro bebê com anticorpos contra a covid-19 registrado. A informação foi divulgada em um artigo científico, ainda não revisado por pares. Os autores e médicos, Paul Gilber e Chad Rudnick, afirmam que a mãe é trabalhadora da linha de frente de combate à doença e recebeu a primeira dose da vacina da Moderna em janeiro deste ano.
Em três semanas após a imunização, nasceu uma menina, descrita pelos médicos como saudável. Segundo a dupla, a vacinação de mães contra doenças como gripe e difteria também garantem a proteção de recém-nascidos. Isso se dá através da passagem dos anticorpos pela a placenta.
"Proteção similar a recém-nascidos seria esperada após a vacinação maternal contra o SARS-CoV-2. Há uma urgente e significante necessidade de pesquisas sobre segurança e eficácia da vacinação contra a covid-19 durante a gravidez", disseram os médicos, que pediram a outros pesquisadores para realizarem estudos com registros de imunização indireta pela gravidez e amamentação.
Eficácia da imunização indireta
As vacinas contra gripe e difteria já têm eficácia comprovada quando se trata da imunização indireta de bebês. No entanto, as informações ainda são escassas no caso da covid-19. No estudo, os autores declaram que ainda não sabem o grau de proteção ou mesmo a quantidade de anticorpos que um bebê precisa para desenvolver imunidade contra a covid-19.
Felizmente, esse não é a primeira pesquisa que aponta a proteção de bebês através da vacinação materna. Um estudo israelense, publicado na terça-feira (16), também apontou a presença de anticorpos via placenta em mulheres que tomaram a vacina da Pfizer/BioNTech.
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