Cientistas revelam que a Lua é capaz de apresentar uma cauda similar a um cometa que dispara um raio de energia ao redor da Terra. O fenômeno lunar é resultado do impacto de meteoros na superfície vulcânica do satélite terrestre, responsáveis por liberar átomos de sódio na região de sua órbita. Há um processo de colisão entre essas partículas com fótons originários do Sol, criando uma estrutura semelhante ao rastro do movimento de corpos espaciais.
O evento é observado mensalmente na fase de Lua nova, quando ela se move entre a Terra e o Sol. Esse fluxo de sódio — invisível a olho nu — é então comprimido em feixe pela força da gravidade do planeta. A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of Geophysical Research: Planets.
O estudo foi conduzido por Jeffrey Baumgardner, Luke Moore e Sarah Luettgen, do Centro de Física Espacial da Universidade de Boston. Para os pesquisadores, a motivação para explicar a origem do até então misterioso episódio partiu de curiosidade; assim, posicionaram câmeras — projetadas para detectar auroras — voltadas para a região.
Chuva de meteoros Leônidas.Fonte: NASA/Reprodução
A teoria de que a Lua pode emitir um feixe em direção à Terra foi apontada pela primeira vez em 1998, pelo Observatório McDonald (Texas). O fenômeno foi descoberto durante o pico da chuva de meteoros Leônidas associado à passagem do cometa Tempel-Tuttle que acontece todos os anos. Na época, especialistas na área ficaram intrigados ao verificar a permanência — durante 3 noites — de uma mancha brilhante logo após um desses picos.
Após os esforços para explicar a sua origem, cientistas estimam que a cauda de sódio deve se estender a pelo menos 800 mil quilômetros do local e revelam um dinamismo lunar. Contudo, Moore ressalta que não há motivos para preocupação em relação aos átomos, pois eles são extremamente difusos no espaço.
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