Nesta sexta-feira (5), o Instituto Butantan pediu autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para usar anticorpos de cavalos em um tratamento para pacientes humanos infectados com o coronavírus.
O soro anti-Covid foi criado pelo instituto a partir da inoculação do vírus inativo, porém com sua estrutura inteira, em cavalos. Em suma, os cientistas do Butantan injetaram vírus inativos nos cavalos, que são capazes de gerar anticorpos até 50 vezes mais concentrados que os dos humanos.
Depois, os anticorpos desenvolvidos pelos animais são injetados em pacientes infectados. O soro já está sendo testado em animais como coelhos e roedores com resultados positivos.
"Um dia depois de [injetar] o tratamento, a gente avaliou os camundongos. Nós vimos uma diminuição da carga viral nos pulmões e, consequentemente, ao longo dos dias, a gente viu uma diminuição do processo inflamatório. Houve uma preservação da estrutura do pulmão. E isso dá uma esperança", disse Ana Marisa Chudzinski, Diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Instituto Butantan, ao G1.
O próximo passo é testar o soro anti-Covid em humanos para entender sua eficácia e segurança. Atualmente, três mil frascos estão prontos os testes e a Anvisa disse que aguarda o envio do Dossiê Específico de Ensaio Clínico por parte do Butantan. A expectativa é que a aprovação saia na próxima semana.
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