O atual administrador da NASA, Steve Jurczyk, não acredita que o cronograma previsto pela agência espacial norte-americana para realizar novas missões tripuladas à Lua será cumprido. A informação foi revelada em uma entrevista ao site Arstechnica. A ideia inicial era voltar ao satélite natural daqui a três anos.
"O pouso lunar em 2024 talvez não seja mais um alvo realista por causa dos dois últimos anos, que não nos garantiram o financiamento adequado para tornar o prazo de 2024 algo conquistável. Por conta disso, nós estamos revisando o programa para encontrar o melhor caminho adiante possível", explicou. Embora especulações a respeito já circulassem, essa é a primeira vez que um membro sênior da agência confirma que as metas estabelecidas não devem ser cumpridas.
O governo do recém eleito presidente, Joe Biden, já confirmou que aprova a ideia da NASA para retomar missões tripuladas à Lua a partir do projeto Artemis, que deve também levar astronautas mulheres ao satélite natural e construir uma estação de lançamentos adequada para facilitar missões futuras.
Planos ambiciosos
Originalmente proposta em 2019 e aprovada pela administração de Donald Trump, a missão Artemis é um projeto de longo prazo da NASA dividido em três grandes fases. O nome não foi escolhido por acaso: trata-se da deusa grega irmã de Apolo, remetendo às missões da agência que culminaram com a chegada à Lua em 1969 com a Apollo 11.
O Artemis I, que tinha previsão inicial de decolar em 2021, será um voo não tripulado para testar algumas das tecnologias, como a nave Orion e o sistema de lançamento.
A missão Artemis tem Marte como grande objetivo após sucessivas missões à Lua.Fonte: NASA
A Artemis II é o primeiro voo tripulado para a estação espacial de lançamento e deveria sair um ano depois. Por fim, a Artemis III é a tão falada volta do ser humano à Lua, com retornos anuais ao satélite natural programados e posteriores viagens para Marte.
Para tornar tudo isso possível, a NASA está fechando diversos contratos com outros governos, inclusive com o Brasil, além de parceiras do setor privado, como a SpaceX. O orçamento, entretanto, ainda não foi totalmente aprovado pelo Congresso e os prazos dependem também de avanços tecnológicos.
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