Os governos da Rússia e da China firmaram um acordo nesta quarta-feira (17) de cooperação para bases de pesquisa na Lua. Segundo o SpaceNews, o memorando assinado pelos dois países sugere que a Rússia assinará um contrato para ajudar a China com as missões da Estação de Pesquisa Lunar Internacional (ILRS).
A assessoria da Roscosmos, agência espacial russa, disse que a assinatura oficial ainda não tem data marcada, mas deve coincidir com um dos próximos eventos espaciais internacionais, a Conferência de Exploração Espacial Global, que acontecerá em junho em São Petersburgo. A Rússia também relatou que a ISS estava se tornando inutilizável nos últimos anos e afirmou que emprestará toda sua experiência em viagens espaciais ao projeto.
Os planos da ILRS são ambiciosos. A China pretende estabelecer uma presença robótica de longo prazo no satélite em 2030 e uma missão com seres humanos também a longo prazo entre os anos de 2036 e 2045.
A expectativa de como ficará a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS) após 2030. (Fonte: CNSA/Divulgação)Fonte: CNSA/Divulgação
Cenário geopolítico
A parceria entre as duas agências não é uma surpresa, já que a Rússia tomou a decisão de ficar de fora dos Acordos Artemis, um conjunto de princípios entre países que desejam participar do programa de exploração lunar Artemis liderado pela NASA. O movimento russo em conjunto com a China pode ter um grande impacto no cenário geopolítico de pesquisas espaciais.
O papel da NASA como líder global de exploração espacial tem diminuído cada vez mais. Além da parceria da China com a Rússia, a Agência Espacial Europeia também está de olho no ILRS para ver se deseja aderir ao programa, relata o SpaceNews. A decisão diminuiria significativamente a participação da agência norte-americana.
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