Pesquisadores da Geisinger Health System, nos Estados Unidos, desenvolveram um sistema de inteligência artificial (IA) que pode ser um grande aliado no tratamento de problemas graves do coração, pois consegue prever riscos de morte de uma pessoa analisando imagens do seu ecocardiograma. A novidade foi apresentada em um estudo publicado na Nature Biomedical Engineering, no último dia 8.
De acordo com a instituição de saúde, a equipe de pesquisa utilizou hardware computacional especializado para treinar o algoritmo em 812 mil vídeos de exames de ultrassonografia do coração (ecocardiograma), realizados por mais de 34 mil pacientes do Geisinger ao longo dos últimos 10 anos.
Em seguida, os pesquisadores usaram a tecnologia para comparar os exames com diagnósticos e prognósticos feitos anteriormente por cardiologistas, para verificar a eficácia do modelo tecnológico. Os resultados mostraram a IA sendo 13% mais precisa na previsão da mortalidade em um ano do que os médicos.
A tecnologia analisa imagens de ecocardiograma muito mais rapidamente que um cardiologista.Fonte: Visualhunt
“Ficamos entusiasmados em descobrir que o aprendizado de máquina pode aproveitar conjuntos de dados não estruturados, como imagens médicas e vídeos, para melhorar uma ampla variedade de modelos de previsão clínica”, disse o professor assistente do Departamento de Ciência de Dados Translacionais e Informática da Geisinger Chris Haggerty, que é coautor do estudo.
A importância da tecnologia
Mesmo estando longe de ser 100% precisa, a IA desenvolvida pela Geisinger pode ser essencial no auxílio ao trabalho dos cardiologistas, devido à sua capacidade de analisar grandes volumes de dados em pouco tempo.
Segundo a instituição, cada ecocardiograma gera em torno de 3 mil imagens do coração, que nem sempre podem ser interpretadas por completo pelos especialistas, em meio a outros tipos de dados existentes para avaliação.
Mas com o uso da ferramenta para gerenciar tais informações, há uma melhora na capacidade de fornecer diagnósticos mais rápidos e precisos, garantindo um tempo maior para o tratamento de cada paciente.
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