Identificada primeiramente em Manaus (no dia 15 de janeiro de 2021), a variante brasileira do novo coronavírus, com capacidade transmissível comprovadamente mais potente, já está presente no Rio de Janeiro, alertou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta terça-feira (16). Por enquanto, não há indícios de circulação interna, complementa a entidade.
Ainda segundo a Fiocruz, a confirmação se deu após a realização de sequenciamento genético de uma amostra. Entretanto, somente uma investigação epidemiológica indicaria a origem do microrganismo, já que não se sabe se o material teria vindo de alguém contaminado no próprio estado ou em outra região do país.
São Paulo, Pará, Roraima e Ceará foram outros territórios a mapearem a existência da P.1., "nome oficial" da mutação, e detalhe adicional algum a respeito do novo evento foi divulgado pela Fundação.
Variedade , mais transmissível, é confirmada em mais uma região do país.Fonte: Pixabay
Cuidados necessários
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a P.1. é uma das três variantes que se espalham rapidamente pelo mundo todo, tendo sido detectada em, ao menos, 10 países, o que desperta preocupações na comunidade científica internacional. Além disso, o Ministério da Saúde atestou uma reinfecção pela nova cepa – o que pode gerar problemas ainda maiores que aqueles que já conhecemos.
Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, uma das especialistas que sequenciaram o exemplar, explica em entrevista ao G1: "O fato de ela [nova versão do coronavírus] não ser mais patogênica não significa que não vá aumentar o número de pessoas doentes. Quando você tem mais gente infectada, acaba levando a um número maior de pessoas doentes. Sim, ela pode causar bastante estrago."
"A gente precisa estar atento. E as pessoas precisam entender que todo mundo tem que ter mais cuidado agora", finaliza a pesquisadora.
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