Uma startup brasileira pode ser responsável por mais uma das vacinas que visa acabar com a pandemia do coronavírus. A empresa Farmacore e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de são Paulo (FMRP-USP) estão trabalhando com a companhia americana PDS Biotechnology em um novo imunizante chamado Versamune-CoV-2FC, que está pronto para avançar para os testes com humanos.
A startup brasileira é responsável pela tecnologia de proteína recombinante da vacina, que será aliada aos mecanismos de ativação do sistema imunológico desenvolvidos pela PDS. Segundo Helena Faccioli, presidente da Farmacore, a vacina se baseia em "um sistema altamente inovador que associa nanopartículas lipídicas – como adjuvante – à proteína S1 recombinante."
Helena Faccioli, presidente da startup brasileira FarmacoreFonte: Exame/Rafael Barreto
De acordo com a responsável pela Farmacore, a Versamune-CoV-2FC também ativa a via do IFN Tipo 1. O mecanismo garante uma ação mais efetiva contra o vírus, além de uma resposta imunológica mais duradoura.
Apoio da ANVISA
O imunizante feito pela empresa brasileira já recebeu o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está avançando. Atualmente, o desenvolvimento do imunizante está nos estágios finais dos testes pré-clínicos.
O próximo passo para a vacina é o início dos testes clínicos, que envolvem humanos. Segundo as estimativas da comandante da Farmacore, a próxima fase de desenvolvimento do imunizante será iniciada em maio. "Os resultados obtidos demonstram que a vacina é eficaz, segura, e está pronta para avançar para a fase clínica com segurança e baixo risco tecnológico."
Segundo a presidente da startup brasileira, o objetivo é testar a vacina em aproximadamente 30 mil voluntários. A próxima fase de desenvolvimento deve durar mais de um ano, mas os resultados obtidos nos primeiros três meses da próxima etapa podem ser utilizados para acelerar a produção do imunizante, caso os dados sejam aprovados pela ANVISA.
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