O Ibope revelou nesta quinta-feira (4), o resultado da pesquisa de opinião com brasileiros sobre as mudanças climáticas. O estudo foi encomendado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio) em parceria com a Universidade de Yale dos EUA.
O levantamento entrevistou 2,6 mil pessoas de todas as cinco regiões do Brasil. Dessa maneira, o estudo colheu opiniões sobre diferentes temas, como as queimadas na Amazônia e a preservação do meio ambiente.
Para 97% dos entrevistados a preservação da Amazônia é essencial para a identidade nacional.Fonte: Paulo Vitale/Veja
O resultado do estudo mostra que mais da metade dos entrevistados (55%) consideram o atual cenário ambiental brasileiro bastante preocupante. Além disso, 60% destacam que a Floresta Amazônica é o ecossistema mais ameaçado do Brasil.
Os convidados elegeram as lideranças indígenas (73%) como o grupo ou entidade que melhor protege a floresta no norte do país. Assim, dois terços dos participantes do levantamento se posicionaram contra a redução das reservas indígenas na região.
O estudo também aponta que 94% dos entrevistados acreditam que a preservação da Floresta Amazônica é essencial para a identidade nacional. No entanto, a região se aproxima cada vez mais de um ponto em que não poderá se recuperar.
Grandes desmatamentos aumentam o risco de novas pandemias.Fonte: R7.com/Reprodução
Governo e os madeireiros são os principais “vilões”
Para parte dos entrevistados, o governo e os madeireiros são os principais responsáveis pelo alto índice de desmatamento na Amazônia. Fazendeiros e garimpeiros também são citados como culpados pela destruição da principal floresta brasileira.
Os participantes também destacaram a perda da diversidade como a consequência mais grave dos desmatamentos. As mudanças climáticas e do regime de chuvas aparecem logo em seguida como os piores efeitos dessa ação.
É importante frisar que estudos feitos por ecologistas alertam que o desmatamento na Amazônia pode colocar o mundo em risco. Isso porque a perda da biodiversidade está conectada com o surto de novas doenças – como a atual pandemia de covid-19.
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