Nesta sexta-feira (29), a Johnson anunciou o nível de eficácia de sua vacina contra a covid-19, a única em fase avançada de testes cuja aplicação demanda apenas uma dose. De acordo com a empresa, a substância previne 66% dos casos moderados e graves somados e 85% das infecções graves. Dados relacionados às manifestações leves da doença ainda não foram divulgados.
Por enquanto, a companhia não entrou com pedido de uso emergencial ou de registro sanitário junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem publicou as informações em revista científica, mas defende que o imunizante funciona contra a variante da África do Sul, mais contagiosa, ao contrário do desenvolvido pela estadunidense Novavax, que não chegou a atingir o índice mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda segundo a companhia, a proteção começou 14 dias após a aplicação nos voluntários e aumentou com o passar do tempo. Por exemplo, depois de 49 dias, nem um caso grave foi manifestado. Além disso, passados 28 dias, hospitalização ou morte de participante alguma ocorreu, independentemente de etnia ou idade, o que inclui adultos acima de 60 anos.
Níveis de eficácia de vacina contra covid-19 da Johnson foram publicados.Fonte: Johnson e Johnson (Janssen)
Testes avançados
Uma das grandes vantagens da substância é que ela pode ser armazenada em temperaturas de 2 °C a 8 °C, característica que a torna compatível com a estrutura utilizada no Brasil. No país, participam dos testes 7.560 pessoas, sendo que há 44.325 voluntários no mundo.
Dentre eles, 34% têm mais de 60 anos e 55% são homens. Brancos representam 59%, hispânicos e/ou latinos 45%, pretos/afro-americanos 19%, indígenas americanos 9% e asiáticos 3%.
Por fim, 41% do total possuem alguma comorbidade associada a maior risco de infecção grave: 28,5% têm obesidade; 7,3% diabetes tipo 2; 10,3% hipertensão; e 2,8% HIV. Portadores de doenças do sistema imune também estão entre os registros.
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