Vacinação na Indonésia priorizará jovens e agentes de saúde

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A Indonésia priorizará jovens nas primeiras fases da campanha de vacinação de covid-19. Na contramão da tendência mundial, onde idosos e pessoas com comorbidades são colocados no começo da fila de imunização, a Indonésia seguiu o caminho contrário e dará esse privilégio aos jovens do país, numa tentativa de minimizar os casos nessa faixa da população e, por consequência, proteger os mais vulneráveis.

Resumidamente, a estratégia da Indonésia é minimizar o número de infectados e vítimas da doença imunizando aqueles que normalmente levam o vírus aos indivíduos fragilizados. Por lá, a campanha começará nos profissionais de saúde, linha de frente no combate ao novo coronavírus, seguidos por autoridades públicas e, posteriormente, na população com idade entre 18 e 59 anos.

Atualmente, a vacina presente na Indonésia é a desenvolvida pela Sinovac, a mesma que deve colaboração do Instituto Butantã e presente no Brasil. Ciente da altíssima eficiência em indivíduos mais jovens, o governo local concluiu que seria uma estratégia melhor levar a vacina para este público, alegando que “não há dados suficientes” de eficiência do imunizante em idosos — apesar de ser comprovadamente seguro.

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A estratégia é alvo de críticas e pode não funcionar, retardando a recuperação da Indonésia. Considerando que um dos focos de transmissão de covid-19 é a sua transmissão por contato em superfícies, o indivíduo vacinado poderia transmitir a doença mesmo vacinado, já que mesmo sem estar vulnerável à doença, ela ainda pode estar presente em suas roupas e pertences — estes tocados por pessoas mais velhas em encontros casuais.

De toda forma, é válido se manter atento aos resultados da estratégia aplicada por lá e comparar com o sucesso das campanhas de outros países. No Brasil, a estratégia é a convencional: os profissionais de saúde e com idade igual ou superior a 75 anos estão na frente; seguidos por idosos com idade entre 60 a 74 anos; pessoas com comorbidades; grupo prioritário — professores, agentes de segurança, militares, moradores de rua, portadores de deficiência e outros; então, entram os menores de 60 anos, sem condição de vulnerabilidade, não atuantes em profissões essenciais e saudáveis.

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