O Ministério da Saúde de Buenos Aires detectou que 400 doses da vacina russa contra o novo coronavírus Sputnik V, enviadas ao município de Olavarría, sofreram avarias devido a um rompimento na cadeia de refrigeração. Ramiro Borzi, diretor da Região Sanitária IX, confirmou a informação, segundo o jornal Página/12, e ressaltou que todas serão descartadas.
Autoridades iniciarão um processo de investigação, já que há suspeita de sabotagem. Daniel Gollan, ministro da Saúde da capital argentina, declarou que está prevista, também, uma reestruturação dos processos de imunização locais.
"Ficou em evidência uma série de fatos irregulares graves: foi cortada a transmissão da câmara de segurança que registra imagens do freezer às 02h50 da madrugada e a conexão não voltou. Também houve movimentos estranhos ao redor do hospital [Oncológico de Olavarría]", detalha Borzi.
"Estávamos com muitíssima expectativa e nos deparamos com isto que não sabemos bem o que foi, se é uma sabotagem ou um boicote, mas estamos acionando judicialmente para avançar na investigação."
Ramiro Borzi, diretor da Região Sanitária IX.Fonte: Reprodução
Campanha de vacinação em massa
Cerca de 50 médicos e médicas já receberam a substância, mas o restante da equipe cadastrada deve ser redirecionado aos municípios de Azul e Tapalqué. Ezequiel Galli, prefeito da cidade, considerada a primeira a inaugurar uma infraestrutura adequada ao armazenamento das vacinas, se limitou a comentar na noite de ontem (4), em entrevista a uma rede televisiva, que ficará a cargo da justiça descobrir o que ocorreu.
As primeiras 300 mil doses da vacina, autorizada "com caráter de emergência" pelo ministério da Saúde da Argentina, chegaram em 24 de dezembro de 2020, e a campanha de imunização contra a covid-19 no país vizinho começou na terça-feira passada (29), priorizando profissionais da Saúde.
Campanha de vacinação em massa contra a covid-19 já foi iniciada na Argentina.Fonte: Reprodução
Com a perda das doses, 200 pessoas serão prejudicadas, pois está prevista a aplicação de ao menos duas por indivíduo. Desde março de 2020, mais de 1,6 milhão de contaminações foram registradas na Argentina, assim como mais de 43,6 mil mortes relacionadas ao Sars-CoV-2.
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