A Espanha vai criar um cadastro específico para incluir os nomes das pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra o novo coronavírus no país. O registro foi anunciado pelo ministro da saúde espanhol Salvador Illa, durante entrevista nessa segunda-feira (28).
Iniciada oficialmente no domingo (27), com a aplicação do imunizante em uma senhora de 96 anos, a vacinação de covid-19 na Espanha está sendo aplicada gratuitamente, por meio do sistema nacional de saúde, com o objetivo de imunizar 2,3 milhões de pessoas nos próximos três meses. O processo é voluntário, ou seja, os espanhóis não são obrigados a se vacinar.
Porém, quem não quiser ser imunizado terá o nome incluído em um cadastro, que será compartilhado com os demais países da União Europeia, como já acontece em relação aos tratamentos oferecidos para outros tipos de doenças e rejeitados. As autoridades não revelaram quais informações pessoais estarão neste registro.
A vacinação não é obrigatória na Espanha.Fonte: Freepik
Segundo Illa, os dados desses cidadãos sem vacina ficarão sob sigilo, não sendo disponibilizados a empregadores nem para o público em geral. “Não é um documento a ser tornado público e será feito com o maior respeito pela proteção de dados”, comentou o representante do governo.
Aumento no número de casos
Assim como outros países, a Espanha também sofreu com a segunda onda da pandemia, voltando a registrar um grande número de infectados. Até o momento, há cerca de 1,9 milhão de casos registrados no território espanhol e mais de 50 mil mortos.
Para tentar frear a disseminação da covid-19, o governo impôs toque de recolher entre as 23h e as 06h. Em algumas regiões, o rigor é ainda maior, com as pessoas só podendo sair de casa para trabalhar ou acessar serviços extremamente essenciais, cuidados que devem permanecer até maio de 2021.
Ainda com relação à vacina, o imunizante utilizado no país é o produzido pela Pfizer/BioNTech, administrado em duas doses.
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