O jornal britânico The Guardian noticiou nesta terça-feira (22) que a Antártica, único continente ainda não afetado pela pandemia do coronavírus, registrou seus primeiros casos: são 36 infecções entre pessoas estacionadas em uma base de pesquisa chilena, sendo 26 membros do exército daquele país e 10 trabalhadores de manutenção.
Em nota publicada no jornal El Mercurio na segunda-feira (21), o exército chileno informou que todos os infectados foram levados para a cidade de Punta Arenas, encontram-se sob “monitoramento constante”, mas estão em boas condições.
Base General Bernardo O’Higgins Riquelme (Fonte: Wikimedia Commons)Fonte: Wikimedia Commons
A ABC News informou que a estação de pesquisa General Bernardo O’Higgins Riquelme, onde os infectados trabalhavam, é uma das 13 bases que o Chile mantém ativas na Antártica. Em nota, o exército chileno afirmou que, graças a uma ação preventiva, foi possível dispensar o pessoal que, “depois de ser submetido a um controle médico e à aplicação de um teste PCR, deu positivo para Covid-19”.
O primeiro contágio na Antártica
O contágio está relacionado a uma visita recente à base, do navio “Sargento Aldea”, da marinha chilena, que realizou trabalhos de suporte logístico no local, entre os dias 27 de novembro de 10 de dezembro. Quando o navio atracou no porto de Talcahuano, uma semana depois, foram detectados três casos de covid-19 entre os 208 tripulantes.
LSDH-91 Sargento Aldea (Fonte: InfoDefensa/Reprodução)Fonte: InfoDefensa
Depois que os casos foram confirmados, toda a tripulação do navio passou a cumprir uma quarentena, cumprindo os protocolos sanitários vigentes, a bordo do próprio navio, no porto de Talcahuano.
Após a remoção dos infectados da base General Bernardo O’Higgins Riquelme, a grande preocupação tem sido manter o vírus sob controle na Antártica. Embora o continente não tenha residentes permanentes, cerca de mil pesquisadores do mundo inteiro permaneceram na ilha durante o inverno, conforme a Associated Press.
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