Quem espera algo brilhante de 2020, terá uma rara oportunidade na noite desta segunda-feira (21): uma conjunção entre os planetas Júpiter e Saturno, os dois maiores do sistema solar, que ficarão alinhados como não acontecia há oito séculos, no fenômeno conhecido como “a Estrela de Natal” ou “grande conjunção”.
Devido à sua luminosidade, o histórico encontro poderá ser visto a olho nu em quase todos os lugares da Terra, após o pôr do sol, dependendo naturalmente das condições climáticas. Quem observar o fenômeno através de binóculos, telescópio ou lentes teleobjetiva será capaz de ver até as luas de Júpiter.
Fonte: Kelly Humphrey/Brainerd Dispatch/ReproduçãoFonte: Kelly Humphrey/Brainerd Dispatch
Quem observar o céu na noite de hoje, verá um "disco duplo", segundo os astrônomos. Além dos cinturões de Júpiter, poderão ser vistos até mesmo os anéis de Saturno, pois ambos os planetas estarão mais próximos da Terra também. Isso ocorre porque, enquanto o nosso planeta leva um ano para girar em torno do Sol, Júpiter leva 12 anos, e Saturno, 30 anos.
Como fotografar os dois planetas gigantes?
O astrônomo Felipe Navarete, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, explicou ao G1 que "devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte". Júpiter é o ponto de luz maior, e Saturno aparece menor e mais fraco, logo acima e à esquerda.
Kelly Humphrey/Brainerd Dispatch/ReproduçãoFonte: Kelly Humphrey/Brainerd Dispatch
Também é possível fotografar a cena, sem grandes recursos. Na foto acima, feita pela fotógrafa Kelly Humphrey, do site Brainerd Dispatch, ela usou um tripé (para a foto não sair tremida) e fez uma exposição de seis segundos. Para enquadrar com a paisagem, Kelly evitou a teleobjetiva, e usou um zoom 24-70 mm.
Para aqueles que não conseguirem fotografar o fenômeno, um alinhamento assim tão próximo como o desta noite só voltará a ocorrer no dia 15 de março de 2080.
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