Novas diretrizes espaciais publicadas na última quarta-feira (16) pelo governo dos Estados Unidos podem garantir o próximo "salto gigante da humanidade" no setor, informa a NASA. De acordo com a agência, a Space Policy Directive-6 (SPD-6), estabelecida pelas autoridades, é uma estratégia que permitirá o uso de energia nuclear para a propulsão de naves e outros equipamentos em missões que estão por vir, possibilitando, no futuro, uma "presença sustentável na Lua" e o envio de astronautas a Marte.
A adesão do país norte-americano às práticas elencadas, aponta o documento, seguirá os princípios de proteção, segurança e sustentabilidade quanto ao desenvolvimento e à utilização de tais sistemas.
Entre os objetivos da iniciativa estão o apoio à criação de tecnologias que envolvam a produção de combustível adequado a uma variedade de aplicações; à demonstração de um sistema de energia de fissão no satélite natural da Terra; e ao estabelecimento de bases técnicas e competências que gerem opções de propulsão nuclear no espaço.
Incentivos ao desenvolvimento de sistemas avançados de energia voltados a mecanismos de sobrevivência e que possam estender explorações robóticas no Sistema Solar foram outros movimentos destacados pelas diretrizes.
"Os Estados Unidos buscarão um roteiro coordenado para as atividades com apoio federal e uma estrutura para encorajar ações comerciais a atingirem metas e defenderem os princípios estabelecidos na diretiva", salientam.
Desenvolvimento de propulsão nuclear e de novos mecanismos de geração de energia garantem avanço de missões espaciais, afirma NASA.Fonte: Reprodução
Desafios além da Terra
Ambientes muito escuros para a captação de energia solar ou muito distantes para o transporte de quantidades suficientes de combustíveis químicos são alguns dos motivos que impedem uma expansão significativa de missões espaciais, algo que, indica a NASA, está para mudar, com o surgimento de mecanismos e reatores nucleares dedicados à produção tanto de energia quanto de aquecimento ou propulsão. A agência, por sua vez, promete resultados logo mais.
"Em apoio ao SPD-6, a prioridade de curto prazo da NASA é, aliada ao Departamento de Energia dos EUA e à indústria, amadurecer e, em seguida, demonstrar na Lua, no final da década de 2020, um sistema de energia de superfície de fissão da classe de 10 kW, fornecendo energia para operações sustentáveis na superfície lunar e testando seu potencial para uso em Marte", salienta a instituição.
Jim Bridenstine, administrador da NASA, comemora: "O SPD-6 reforça os esforços da agência para o desenvolvimento de sistemas nucleares acessíveis, seguros e confiáveis, incluindo tecnologia capaz de alimentar continuamente as operações em outros mundos e impulsionar futuras missões humanas ao Planeta Vermelho."
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