Um novo design para um enorme telescópio pode ser capaz de identificar continentes em exoplanetas. Outros planetas habitáveis que orbitam outros sistemas planetários estão muito distantes para serem observados em detalhes, mas esse novo conceito de telescópio pode solucionar esse problema.
Apresentado pelo site Universe Today, o hipotético modelo de telescópio poderia identificar superfícies sólidas em exoplanetas distantes da Terra com riqueza de detalhes, utilizando o Sol como uma lente gravitacional.
Basicamente, utilizar uma lente gravitacional é aproveitar o poder do campo gravitacional de algum objeto espacial — nesse caso, do nosso Sol — para aprimorar o alcance das lentes do telescópio. Isso exigiria um telescópio gigante e uma estrutura de ponta, mas suas vantagens estão sendo avaliadas por cientistas.
“Para observar e capturar um exoplaneta de perto, nós precisamos de telescópios muito grandes”, comenta Slava Turyshev, cientista da NASA, ao Universe Today. “Se nós quisermos ver a nossa própria Terra em um único pixel em 100 anos-luz de distância, precisaríamos de um telescópio de 90 quilômetros de diâmetro.”, completou.
Em uma simulação, a visualização esperada da própria Terra deixou as capturas com riqueza de detalhes, permitindo visão clara das Américas e de nuvens que passeiam pelo planeta.
Esse conceito ainda é apenas uma possibilidade. Não há certeza se este conceito realmente retornaria imagens detalhadas, mas as teorias descritas até o momento indicam que esse seria o resultado. Explorar essas possibilidades, mesmo que seja um investimento caro, ainda seria mais barato que tentar se aproximar dos milhares de exoplanetas encontrados pelo universo com satélites ou espaçonaves.
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