Nesta quarta-feira (16), o governo federal lançou o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a covid-19, oficializando o documento que já havia sido entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski.
A vacinação contra o novo coronavírus no Brasil começará pelos grupos prioritários, conforme o plano apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da saúde Eduardo Pazuello. Porém, ainda não há uma data para iniciá-la.
Na primeira etapa, serão incluídas as pessoas mais vulneráveis e aquelas com maior exposição ao Sars-CoV-2. A previsão é de que 51 milhões de brasileiros sejam imunizados nessa fase, que terá 108 milhões de doses (duas doses para cada pessoa mais 5% de reserva).
108 milhões de doses serão disponibilizadas inicialmente.Fonte: Rawpixel
Segundo o governo, os grupos prioritários devem ser vacinados em até quatro meses, quando terá início a imunização da população em geral, trabalho com duração prevista de 12 meses. Dessa forma, todos os brasileiros devem receber a vacina em até 16 meses.
Quem faz parte do grupo prioritário?
A imunização do grupo prioritário será dividida em quatro fases, sendo atendidos primeiramente trabalhadores da saúde, pessoas de 80 anos ou mais, pessoas com idade de 75 a 79 anos e indígenas com 18 anos ou mais.
Na fase 2, a vacina chegará aos indivíduos com idade de 70 a 74 anos, de 65 a 69 anos e de 60 a 64 anos. Já na fase 3, serão atendidas as pessoas com mais de 18 anos que tenham comorbidades como diabetes, hipertensão, doença renal, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer, obesidade grave, anemia falciforme, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, além dos transplantados.
Os idosos terão prioridade no atendimento.Fonte: Rawpixel
Os incluídos na fase 4 são os professores (do nível básico ao superior), funcionários do sistema prisional e as forças de segurança e salvamento. O documento ressalta que essa divisão ainda é preliminar e pode ser alterada.
Quais vacinas serão usadas?
De acordo com o plano nacional de vacinação, já foram adquiridas 300 milhões de doses. Desse total, 100,4 milhões são do contrato com a Fiocruz/AstraZeneca e devem estar disponíveis até julho de 2021. A parceria prevê também 30 milhões de doses mensais no segundo semestre.
Há ainda 42,5 milhões de doses disponibilizadas pela aliança global Covax Facility e 70 milhões que podem ser fornecidas pela Pfizer (o acordo ainda está sendo negociado).
A vacina AstraZeneca/Oxford deve ser um dos imunizantes distribuídos pelo governo.Fonte: Instituto Jenner/Divulgação
Além dessas, o governo anunciou anteriormente a intenção de comprar todas as vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas é importante lembrar que o órgão regulador ainda não recebeu nenhuma solicitação de registro.
Como será a logística?
O Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) será o principal ponto de logística das vacinas, assim que elas estiverem disponíveis. Também haverá estruturas menores no Rio de Janeiro, Brasília e Recife, além de entrega por meio rodoviário para estados próximos aos centros de distribuição.
Profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) serão capacitados para atuar no recebimento, armazenamento, expedição e distribuição do imunizante, seringas e agulhas, conforme o governo.
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