Recentemente, cientistas levaram aranhas para a Estação Espacial Internacional, a fim de estudar seu comportamento em ambientes de gravidade zero. Especificamente, um dos focos do estudo era entender como ficaria a produção de suas teias longe do seu hábitat natural. De acordo com o estudo publicado na quinta-feira (3) no site Springer, elas se adaptaram muito bem.
As pequenas aranhas conseguiram produzir teias seguindo a orientação de fontes luminosas, continuando ainda mais simétricas sem a presença da gravidade. Apesar de bastante inusitada, essa não seria a primeira tentativa de levar aracnídeos para o espaço.
Em 2008, após algumas aranhas escaparem e se unirem em uma pequena gaiola, a produção de teia acabou isolando-as das moscas que serviriam para alimentá-las. Em pouco tempo, a população de moscas cresceu tanto que era impossível observar seu interior.
Na ausência da gravidade, as aranhas podem usar fontes de luz como orientação para criar suas teias. (Fonte: Pexels)Fonte: Pexels
Design aracnídeo
As aranhas parecem ter uma espécie de "plano-b" para situações como esta. Tipicamente, elas constroem os pontos principais das teias na parte principal superior, para facilitar sua descida até a presa capturada no centro. Sem a gravidade, as aranhas se mantiveram simétricas ao redor da lâmpada presente no ambiente construído para elas, indicando que elas também são capazes de usar fontes luminosas, como a lâmpada ou o Sol, para continuar o seu trabalho.
Samuel Zschokke, coautor do estudo, comentou: "Parece surpreendente que as aranhas tenham um sistema de backup para orientação como esse, uma vez que nunca foram expostas a um ambiente sem gravidade durante sua evolução.” Veja mais detalhes no vídeo abaixo.
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