Após o agravamento de casos de covid-19, o Governo do Paraná anunciou nesta terça-feira (1) a criação de um novo decreto que prevê a instauração de um toque de recolher pelas ruas do estado durante a madrugada. De acordo com a fala do Secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, a medida tem como objetivo reduzir as aglomerações na região e, consequentemente, frear a disseminação do vírus.
Nos últimos dias, o estado do sul do Brasil tem registrado altas constantes nos números de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Em especial, a capital Curitiba vive o pior momento desde o começo da pandemia e registrou mais 1.302 novos casos no dia da manifestação das autoridades públicas.
Novo decreto e toque de recolher
(Fonte: Isabella Mayer/SMCS)Fonte: Isabella Mayer/SMCS
Em nota oficial destinada à imprensa, o governo afirmou que duas novas medidas jurídicas devem ser publicadas até esta quarta-feira (2) para conter a alta disseminação do vírus nos últimos dias. Além da recomendação da retomada do trabalho remoto pelos servidores públicos, o decreto também determina um toque de recolher entre às 23h e 5h.
“Queremos diminuir o fluxo de pessoas, para que elas fiquem em casa. É difícil, mas queremos fazer uma estratégia ampla sem atingir a atividade comercial”, disse Preto em declaração na manhã de terça. Existe um senso dentro do poder público de que a alta de casos seja resultado, em grande parte, da aglomeração de jovens em bares e eventos noturnos.
Situação agravante em Curitiba
(Fonte: Pixabay)Fonte: Pixabay
A situação atual vivenciada pela capital do Paraná tem gerado uma grande preocupação entre os tomadores de decisão do estado. Em sua página do Facebook, a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, aproveitou o anúncio de 40 novos leitos para covid-19 no fim de novembro para fazer um desabafo.
"Não tem sábado, domingo feriado para a nossa equipe. Estamos montando mais 40 leitos para atender Covid. Mas aviso que tudo tem limite, não temos mais equipes para abrir leitos. As pessoas precisam entender que não se tem médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e toda a equipe de apoio laboratorial e limpeza no almoxarifado", declarou Huçulak.
No último final de semana, a taxa de ocupação dos 339 leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para covid-19 chegou a marca de 93%. No momento, são cerca de 25 leitos disponíveis para pacientes que apresentarem quadro de síndrome respiratória aguda grave.
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