A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifestou oficialmente ontem (26), em uma nota de esclarecimento publicada em seu site, a respeito da declaração do governador de São Paulo João Dória. Nesta, o político falou sobre a possibilidade de aplicação da vacina CoronaVac mesmo sem o registro da agência brasileira — desde que o medicamento fosse aprovado em outros países.
Segundo a agência reguladora, o registro da vacina tem como objetivo o cumprimento dos requisitos técnicos necessários à fabricação e ao uso do imunizante em larga escala. Na nota, a Anvisa esclarece que, “mesmo após o registro em algum outro país”, a avaliação do órgão é necessária para verificar pontos não avaliados por outras agências internacionais.
Sobre os pontos que analisará, a Anvisa cita: eficácia e segurança da vacina em brasileiros, condições técnica-operacionais da fábrica que virá para o Brasil, prazos de validade e condições de preservação da vacina no clima brasileiro, além de medidas de acompanhamento e tratamento de eventuais efeitos colaterais do medicamento.
A tréplica do governador
Há confusão em relação à minha declaração sobre a validação da CoronaVac junto à Anvisa. Existe diferença entre validar uma vacina fora do país e autorizar sua aplicação em território nacional.
— João Doria (@jdoriajr) November 26, 2020
Em resposta às afirmações do governador Dória durante entrevista ao jornal Metrópoles, a Anvisa afirmou que, como ainda não há material disponível para a avaliação de eficácia e segurança da CoronaVac, esse não seria o momento apropriado para discutir essa questão.
Após a divulgação da nota da Anvisa, o governador João Dória usou sua conta no Twitter à noite para dizer que "há confusão em relação à minha declaração sobre a validação da CoronaVac junto à Anvisa. Existe diferença entre validar uma vacina fora do país e autorizar sua aplicação em território nacional".
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo também se manifestou em nota "que a vacina CoronaVac só será disponibilizada para a aplicação na população após a autorização da Anvisa”.
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