Engenheiros da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram a menor unidade de memória atômica do mundo, reduzindo ainda mais o tamanho do dispositivo ultrafino que havia sido criado em 2018. A novidade foi apresentada em um estudo científico publicado na Nature Nanotechnology, no último dia 9 de novembro.
Neste novo trabalho, conduzido pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade do Texas Deji Akinwande, os pesquisadores conseguiram diminuir a área da seção transversal para apenas um nanômetro quadrado.
Além de torná-lo mais fino que o dispositivo original, apelidado de atomristor, a nova técnica permitiu construí-lo com uma área transversal menor. “O Santo Graal científico para o dimensionamento está caindo a um nível em que um único átomo controla a função da memória, e isso é o que realizamos no novo estudo”, comentou Akinwande.
O novo dispositivo é ainda menor e mais fino que o atomristor.Fonte: Universidade do Texas/Divulgação
Esta versão criada agora foi classificada na categoria de “memristores”, uma área da pesquisa de memória centrada em componentes elétricos que têm a capacidade de modificar a resistência entre seus dois terminais, sem a utilização de um terceiro. Assim, ela pode ter um tamanho menor se comparada aos dispositivos atuais, além de apresentar maior capacidade de armazenamento.
Dispositivos menores, mais rápidos e econômicos
Construída nas instalações do Laboratório Nacional de Oak Ridge, a menor memória atômica do mundo possui capacidade de armazenamento de aproximadamente 25 terabits por centímetro quadrado. Essa quantidade é cerca de 100 vezes maior que a densidade de memória por camada dos dispositivos de memória flash atuais.
Além de criar memórias menores e de maior capacidade utilizando o dissulfeto de molibdênio, nanomaterial que foi a base do estudo, os pesquisadores acreditam ser possível aplicar a mesma tecnologia a centenas de outros materiais atomicamente finos.
A nova tecnologia pode trazer grandes avanços para a informática e outras áreas.Fonte: Unsplash
Dessa forma, teríamos chips menores, mais rápidos, inteligentes e de baixo gasto energético, favorecendo a indústria de eletrônicos de consumo, big data e sistemas de inteligência artificial, entre outras áreas.
Quem também pode se beneficiar com a técnica usada na memória atômica é o Departamento de Defesa dos EUA, que financiou o estudo, ganhando equipamentos mais compactos, inteligentes e eficientes.
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