Todos os testes clínicos com a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac Biotech, estão suspensos temporariamente no Brasik – a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) surpreendeu até mesmo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, responsável pela produção do imunizante em território nacional.
Segundo a agência reguladora, a interrupção foi causada por “um evento adverso grave”: um voluntário inscrito nos testes clínicos morreu em fins de outubro mas, segundo Covas disse em entrevista à TV Cultura, a causa não foi a vacina.
O Instituto Butantan é o responsável por produzir doses da CoronaVac no Brasil.Fonte: Pesquisa Fapesp/Léo Ramos Chaves
"A Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso, o que é diferente. Nós estranhamos a decisão porque a morte não está relacionada à vacina. São mais de dez mil voluntários nesse momento; a pessoa pode ter um acidente de trânsito e morrer, ou seja, é um óbito que nada tem a ver com o imunizante. É o caso aqui. Portanto, não existe nenhum motivo para a interrupção do estudo clínico", declarou Covas.
Segundo a GloboNews, a morte do voluntário, de 33 anos e sem comorbidades, não foi causada por doença respiratória.
Sem complicações
Com a suspensão temporária dos testes, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado até que a Anvisa avalie os dados coletados para, então, "julgar o risco/benefício da continuidade do estudo".
A CoronaVac, vacina contra a covid-19, está sendo testada também na Indonésia e na Turquia, e não houve até agora relatos de mortes ou complicações.
O laboratório Sinovac, à espera de mãos informações da Anvisa, disse em comunicado hoje (10) que está “confiante em relação à segurança da vacina”, reafirmando que a morte do voluntário não tem relação com os testes clínicos de seu imunizante.
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