Enquanto na Terra a aposta para a produção de energia é a fusão nuclear, para o espaço a NASA tem ideias diferentes. Uma delas enche os olhos de quem lê a lista de vantagens: produção de menos de meio quilo de empuxo ao atingir velocidades de até 320 mil km/h, custos menores, mais área de carga e uso de menos combustível. Essa maravilha é a propulsão elétrica no espaço.
Um propulsor elétrico solar é testado em uma câmara de vácuo na NASA.Fonte: NASA/Divulgação
Se hoje os foguetes que sobem ao espaço usam a propulsão química, ou seja, combustível e mais um oxidante, no sistema de propulsão elétrica (chamado de Power and Propulsion Element, ou PPE), a energia usada para gerar empuxo é aquela coletada por painéis solares (propulsão elétrica solar) ou via reator nuclear (propulsão elétrica nuclear). Nos dois casos, a quantidade de propelentes é mínima em comparação com os gigantescos tanques de combustível hoje usados.
Energia para chegar a Marte
Seja energia do Sol ou do átomo, ela seria usada para ionizar (ou carregar positivamente) um gás inerte, como xenônio ou criptônio. Os íons acelerados seriam empurrados para fora do propulsor, impulsionando a nave à frente.
Se no início a espaçonave avançaria lentamente, com o tempo a aceleração seria gradual e inexorável, alcançando velocidade próxima a da luz. Na falta de uma estrela, um reator nuclear forneceria eletricidade pelo tempo de vida de um astronauta, possibilitando a um ser humano alcançar estrelas próximas, como a Alfa Centauri, a 4,3 anos-luz de distância.
A potência do sistema para sondas como a Dawn bastou para que ela alcançasse o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, mas não será suficiente para as futuras naves que levarão o ser humano a outros planetas.
A próxima missão já com propulsão elétrica será a Plataforma Orbital Lunar, a futura estação espacial que servirá como ponto de apoio da missão que estabelecerá uma base permanente em Marte.
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