Mesmo com os resultados promissores alcançados pelo Instituto Butantan com a testagem da vacina CoronaVac em 9 mil pessoas de todo o país, faltam voluntários com idade acima de 60 anos para concluir o estudo a ser enviado para a avaliação e o registro da vacina do laboratório chinês Sinovac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A partir deste mês, a vacina será aplicada em idosos, portadores de comorbidades e gestantes.
Faltam voluntários profissionais de Saúde acima de 60 anos para os testes da fase PROFISCOV.Fonte: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Segundo o diretor do Butantan, o hematologista Dimas Covas, ainda não há certeza de que a data 15 de dezembro, marcada como sendo o início da vacinação de profissionais de Saúde do estado, se concretizará.
“Precisamos da comprovação da eficácia da vacina em pelo menos 61 casos. É estatisticamente possível, mas não temos controle da realidade”, disse ele em entrevista coletiva hoje com o governador de São Paulo, João Doria.
Na ocasião, foram divulgados os resultados de segurança da CoronaVac. “É a vacina que tem o melhor perfil de segurança entre todas as que estão sendo testadas", disse ele.
Doria tenta negociar uma parceria entre governo estadual e União na produção e distribuição da vacina contra a covid-19. Segundo ele, nesta quarta-feira (21), serão acertados detalhes da operação com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Verba federal
Perguntado se a prioridade seria imunizar a população de São Paulo, Doria afirmou que a distribuição das doses será feita dentro do calendário nacional de imunizações.
Em setembro, o governador prometeu que todos no estado seriam imunizados até fevereiro de 2021 (haveria um "plano alternativo" se um acordo com o governo federal falhar); hoje, ele se esquivou de responder se esse plano permanece.
“Tudo nos leva a crer que não teremos uma situação de confronto e sim de entendimento com base na ciência e na proteção das pessoas”, disse ele.
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