Os ossos de um jovem hadrossauro, com não mais que quatro anos de vida, foi o primeiro grande achado do aprendiz de paleontólogo Nathan Hrushkin, de 12 anos. A descoberta, mais do que uma memorável lembrança para o garoto canadense, pode ajudar a preencher lacunas na evolução da espécie, conhecida como dinossauro bico de pato.
Em julho deste ano, Nathan encontrou um grande osso aflorando do solo, ao caminhar com seu pai, o geólogo Dion Hrushkin, nas proximidades de um cânion. “Eram quatro ossos. Tiramos fotos e mandamos tudo para o Royal Tyrrell Museum. O paleontólogo que nos respondeu conseguiu identificar um dos ossos como um úmero, então eu tive certeza de que o achado era importante”, contou o garoto.
Nathan (à esquerda) ajuda o paleontólogo François Therrien (À direita) a envolver os ossos em capas protetoras de estopa e gesso.Fonte: NCC/Divulgação
Uma equipe da Nature Conservancy of Canada, a que pertence o terreno, encontrou cerca de 50 ossos (dos quatro membros e mais quadris, ombros e uma parte do crânio), que foram então envolvidos em capas protetoras feitas de estopa e gesso e levados ao laboratório do museu para limpeza e análise.
Sobreviventes do apocalipse
A descoberta é duplamente importante porque o fóssil, de 69 milhões de anos, é de um período do qual os registros são raros, e por se tratar de um filhote.
“Embora os fósseis mais comuns encontrados na região sejam de hadrossauros, este espécime em particular é notável porque poucos esqueletos juvenis foram recuperados”, explicou o paleontólogo François Therrien, do Royal Tyrrell Museum of Paleontology, em um comunicado.
Hadrossauros viveram há cerca de 70 milhões de anos, eram herbívoros e bípedes. Em 2011, uma equipe da canadense Universidade de Alberta usou datação à base de urânio em um fóssil encontrado no Novo México. O trabalho resultante, publicado na revista Geology, concluiu que o fêmur fossilizado datava de 64,8 milhões de anos – mais de 700 mil anos depois da queda do meteorito que dizimou a vida na Terra.
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