Nesta quarta-feira (14), a nave Soyuz estabeleceu um novo recorde em voos espaciais. Ela conseguiu se acoplar à Estação Espacial Internacional (ISS) apenas 3 horas e 3 minutos depois de decolar do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Geralmente, a espaçonave russa gasta aproximadamente 6 horas, no mínimo, para chegar ao laboratório orbital, localizado a pouco mais de 400 km de distância da Terra, precisando completar quatro órbitas ao redor do planeta. Mas dependendo das condições, a viagem pode demorar até dois dias.
Dessa vez, o trajeto foi feito na metade do tempo, por causa de um novo sistema de orientação dos foguetes Soyuz. Com esse método, que já havia sido testado em outras ocasiões, usando a nave de abastecimento Progress (ela fez o trajeto em 3h18, no seu melhor desempenho), é possível se aproximar da Estação em duas órbitas.
A missão MS-17 deve ficar seis meses na ISS.Fonte: Roscosmos/Divulgação
Conforme a Roscosmos, a chegada da missão MS-17 à ISS ocorreu às 5h48 (horário de Brasília). Depois da acoplagem ao módulo Rassvet, os três ocupantes da nave ainda precisaram aguardar algumas horas antes de abrir a escotilha e se juntar aos astronautas que atualmente estão no laboratório em órbita.
Missão vai durar seis meses
Nesta nova missão da Soyuz, a tripulação é formada pelos cosmonautas russos Serguei Kud-Sverchkov e Serguei Ryzhikov e pela astronauta americana Kathleen Rubins, que devem passar um período de seis meses no espaço.
Os novos tripulantes da ISS darão continuidade à realização de diversos experimentos científicos, biológicos e físicos normalmente feitos no local, além de realizar a selagem dos vazamentos de ar detectados em alguns módulos da Estação, recentemente.
Eles também vão testemunhar a chegada da próxima missão da SpaceX e da NASA, intitulada Crew-1, cujo lançamento está programado para ocorrer no dia 31 de outubro, na Flórida (Estados Unidos). A nave da empresa de Elon Musk terá três astronautas americanos e um japonês a bordo.
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