Autoridades chinesas afirmam ter encontrado vestígios do novo coronavírus em carnes bovinas vindas do Brasil. Descoberta acontece quase dois meses depois da primeira exportação do vírus, transportado através de lotes de asas de frango oriundos de frigoríficos brasileiros.
A descoberta foi feita em uma inspeção por funcionários do Porto de Dalian, um dos maiores da China. Os vestígios do novo coronavírus foram encontrados na embalagem de carne bovina, importados pelo frigorífico Minerva, o terceiro maior produtor de carne bovina do Brasil.
Mais especificamente, a carne com embalagem contaminada é originada na unidade localizada em Barretos (SP), cidade onde o frigorífico foi fundado há 96 anos. Logo após a descoberta, a embaixada brasileira em Pequim foi comunicada oficialmente do ocorrido.
Comércio de carnes internacional
Do começo de 2020 até julho, o Brasil encaminhou 1,1 milhão de toneladas de carne bovina para todo o mundo, gerando um faturamento de US$ 4,7 bilhões — desses, 60% vindos da China.
Em junho, o presidente da Câmara de Comércio Internacional Brasil-China (CCIBC), Charles Tang, afirmou em entrevista para o Globo Rural que frigoríficos brasileiros já haviam exportado o coronavírus em carne bovina. “Em todas estas ocasiões, o governo chinês pediu explicações. Os frigoríficos brasileiros suspenderam as exportações para a China por iniciativa própria, não foi uma imposição chinesa”, mencionou.
Em 27 de junho, a China decidiu suspender as importações de carne bovina da Marfrig, localizada em Várzea Grande (MT), junto a suspensão voluntária do frigorífico Agra, de Rondópolis (MT). As duas foram as únicas empresas com exportação suspensa e as autoridades chinesas não fizeram referência a uma possível contaminação por covid-19.
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