O Prêmio Nobel de Física 2020 foi destinado nesta terça-feira (06) a três grandes cientistas responsáveis por descobertas sobre buracos negros. Roger Penrose, Reinhard Genzel e Andrea Ghez dividem o título graças ao resultado de estudos acerca de um dos fenômenos mais interessantes do Universo.
Roger Penrose, britânico, professor da Universidade de Oxford, levou metade do prêmio por suas pesquisas em matemática que provaram que os buracos negros são uma consequência direta da Teoria Geral da Relatividade, desenvolvida por Albert Einstein (também vencedor do prêmio Nobel de Física por suas contribuições à física teórica).
Reinhard Genzel, alemão, pesquisador do Instituto Max Planck e da Universidade da Califórnia, e Andrea Ghez, estadunidense da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, dividiram a outra metade do prêmio pela descoberta do objeto invisível e extremamente pesado que determina a órbita das estrelas no centro da Via Láctea.
Buracos negros são objetos espaciais com altíssima densidade que impedem até a viagem da luz. Sua existência é uma das consequências da Teoria da Relatividade Geral de Einstein, e suas propriedades desrespeitavam padrões matemáticos até o trabalho de Penrose, que correlacionou as características do fenômeno com outras leis e reafirmou sua existência.
Enquanto isso, Genzel e Ghez caminhavam com suas pesquisas em astronomia e dedicaram esforços desde 1990 para observar estrelas a 26 mil anos-luz de distância — mais especificamente no centro da Via Láctea —, contornando as diversas obstruções visuais, incluindo gases e poeira. A análise culminou na descoberta de um objeto invisível batizado de Sagittarius A*, que dita a órbita das estrelas vizinhas que correm no Espaço em altíssima velocidade.
Essas características de uma órbita são importantes evidências que caracterizam o objeto invisível como um buraco negro. O fenômeno, que curiosamente está instalado no centro da nossa galáxia, afeta o comportamento de milhares de corpos celestes.
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