A Academia Sueca anunciou nesta segunda-feira (05) os ganhadores do Prêmio Nobel 2020 em Medicina: os virologistas Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice, "pela descoberta do vírus da hepatite C", causador da cirrose e do câncer no fígado.
Transmitida pelo sangue ou por outros fluidos corporais, a hepatite C causa uma inflamação do fígado que pode se tornar crônica e evoluir para câncer, muitas vezes levando o paciente à morte. A doença viral é considerada um grave problema de saúde mundial.
Os vencedores dividirão, em partes iguais, 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 6,3 milhões. Em um comunicado à imprensa, a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska, da Suécia, afirmou: "Antes do trabalho deles, a descoberta dos vírus da hepatite A e B tinha sido um essencial passo à frente", acrescentando que os três premiados "fizeram descobertas que levaram à identificação de um novo vírus".
O norte-americano Harvey J. Alter, de 85 anos, é pesquisador do National Institutes of Health (NIH) nos Estados Unidos. Ele estudou casos de hepatite associados a transfusões de sangue e descobriu que um vírus então desconhecido era uma causa comum de hepatite crônica.
Michael Houghton, do Reino Unido, é diretor do Instituto de Virologia Aplicada da Universidade de Alberta, no Canadá. Foi depois que ele utilizou uma estratégia não testada para isolar o genoma do novo vírus que esse agente infeccioso passou a ser chamado de vírus da hepatite C.
O outro virologista norte-americano é Charles M. Rice, professor na Universidade Rockefeller, nos EUA, tem 68 anos e forneceu a "evidência final", provando que o vírus da hepatite C podia, isoladamente, causar a doença.
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