Preparando-se para o lançamento da missão Crew-1, que vai levar quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) em outubro, a NASA e a SpaceX revelaram mudanças na cápsula Crew Dragon e em procedimentos para o voo, nessa terça-feira (29).
Conforme a agência espacial americana, os ajustes foram baseados na análise dos dados da missão Demo-2, que partiu rumo ao laboratório orbital em maio. As mudanças vão moldar a partida e o retorno do novo voo tripulado, realizado em parceria com a empresa de Elon Musk.
Uma das principais alterações foi no escudo térmico da Crew Dragon. Após analisar a sonda, no retorno da missão anterior, os engenheiros da SpaceX notaram um desgaste maior em determinadas áreas do escudo, onde os parafusos conectam a cápsula ao tronco da espaçonave.
O escudo térmico protege a Crew Dragon durante a reentrada.Fonte: Flickr/NASA
Apesar de o desgaste não ter gerado riscos para os astronautas, segundo a companhia, foram feitos ajustes para aumentar a proteção. O novo escudo térmico já foi testado em túnel de vento e mostrou resultados satisfatórios, devendo ser implementado também na versão da Dragon para transporte de carga, que tem lançamento programado para novembro.
Outras mudanças
O sensor de pressão que aciona o paraquedas da Crew Dragon, após a reentrada, também foi ajustado. No voo da Demo-2, o equipamento se desenrolou antes da altitude ideal, mas ainda dentro de uma área de segurança. Com a nova configuração, ele deve funcionar melhor.
Já com relação aos procedimentos para o lançamento da missão Crew-1, agora marcado para o dia 31 de outubro, as equipes decidiram ser menos rigorosas em relação às questões climáticas, para não haver maiores atrasos.
E quando os astronautas retornarem à Terra, seis meses depois do lançamento, a zona de impedimento ao redor da área planejada para o “mergulho” da nave será ampliada para 16 km. O objetivo é evitar a presença de velejadores e curiosos, como aconteceu no voo recente.
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