Ontem (22) à noite, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) precisou fazer uma manobra não programada para desviar de uma porção de lixo espacial, a qual fica vagando pela órbita da Terra, podendo atingir espaçonaves e satélites artificiais.
Após o contratempo, o Administrador da NASA, Jim Bridenstine, usou o Twitter para lembrar ao Congresso americano de liberar o fundo de US$ 15 milhões, que a agência havia solicitado para financiar novos esforços de localizar e gerenciar o lixo espacial que gira em torno do nosso planeta.
The @Space_Station has maneuvered 3 times in 2020 to avoid debris. In the last 2 weeks, there have been 3 high concern potential conjunctions. Debris is getting worse! Time for Congress to provide @CommerceGov with the $15 mil requested by @POTUS for the Office of Space Commerce.
— Jim Bridenstine (@JimBridenstine) September 22, 2020
Foi a terceira vez, somente em 2020, que a ISS teve que realizar uma manobra de última hora para evitar o choque com detritos espaciais.
Lixo passou “raspando” pela ISS
A NASA nunca revelou que tipo de lixo espacial costuma encontrar vagando por aí. No entanto, especificamente sobre o caso de ontem, o astrônomo Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, disse que o resíduo se tratava de um pedaço da parte superior de um foguete japonês, que foi lançado em 2018.
Às 19h21 (horário de Brasília), o objeto passou a uma distância de apenas 1,39 km da posição inicial da ISS (antes de realizar a manobra), viajando a uma velocidade de 14,6 km/s. Mesmo com a ISS se movendo para sair do alcance do objeto, a tripulação da NASA foi alocada para uma espaçonave Soyuz, como medida de precaução.
Para a NASA, a tarefa de rastrear objetos espaciais tem sido desgastante, devido às solicitações de orçamento não autorizadas pelo Congresso. Desde 2018, o presidente Donald Trump delegou o gerenciamento de lixo espacial ao Departamento de Comércio em vez de optar pela agência.
Quanto aos US$ 15 milhões que a agência solicitou para seu orçamento de 2021, o valor ainda não foi aprovado, já que ainda não há um veredito quanto ao Departamento de Comércio estar mais apto que a NASA para gerenciar detritos espaciais.
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