Nessa terça-feira (22), um ciclone que estava morrendo e de repente ganhou vida novamente, no oceano Atlântico, foi apelidado de “ciclone zumbi” pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA). Trata-se do antigo furacão Paulette, que "ressuscitou" como tempestade tropical e seguiu rumo à costa de Portugal.
O curioso termo, que chamou a atenção poucos dias após o aparecimento do ciclone bomba no Brasil, responsável por vários estragos na região Sul, não foi escolhido à toa. O ciclone Paulette, que atingiu a região das Bermudas no último dia 16, estava perto de se dissipar, depois de ser rebaixado à categoria de depressão tropical, mas acabou ressuscitando algum tempo depois, quando voltou a se intensificar, ganhando o status de tempestade tropical.
Essa sequência de acontecimentos levou o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS), ligado ao NOAA, a fazer uma brincadeira no Twitter (veja a publicação abaixo). O órgão escreveu: “Porque é 2020, agora temos tempestades tropicais zumbis. Bem-vinda de volta à terra dos vivos, tempestade tropical Paulette”, em tradução livre.
Because 2020, we now have Zombie Tropical Storms. Welcome back to the land of the living, Tropical Storm #Paulette pic.twitter.com/98QNEaTr4S
— National Weather Service (@NWS) September 22, 2020
O termo usado se refere aos famosos mortos-vivos do cinema e não possui nenhuma designação técnica, ao contrário da expressão ciclone bomba. Esta última, usada oficialmente pela Sociedade de Meteorologia dos EUA (AMS), serve para denominar ciclones extratropicais nos quais acontece uma rápida queda de pressão atmosférica, fato que determina a potência da tormenta.
Chegada mais calma à costa portuguesa
Depois de ressuscitar, o ciclone zumbi estava a 345 km de distância da Ilha da Madeira, em Portugal. Mas na chegada à costa do país, Paulette começou a perder força, devendo ganhar uma nova classificação nesta quarta (23), passando a ser designada como ciclone pós-tropical.
Conforme o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), a tempestade zumbi deve atingir o arquipélago português com ventos cuja velocidade pode variar de 30 km/h a 80 km/h, acompanhados de chuva intensa e trovoadas.
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