Encélado, a sexta maior lua de Saturno, pode ser muito mais ativa geologicamente do que se imaginava. Em comunicado divulgado na última sexta-feira (18), a NASA informou ter encontrado novas evidências de “gelo fresco” no hemisfério norte do satélite natural.
A descoberta foi feita após uma análise mais detalhada das imagens em infravermelho obtidas a partir dos dados da sonda Cassini, registrados ao longo de 13 anos. O mapeamento sugere que a parte norte de Encélado apresente a mesma atividade geológica responsável por criar gelo e vapor no hemisfério sul, fenômeno acompanhado pela espaçonave em 2005.
Conforme a agência espacial americana, essa cobertura de gelo na porção norte pode ter surgido devido a um “movimento mais gradual do gelo através de fraturas na crosta, do oceano subterrâneo à superfície”, ou por causa dos jatos que expelem o material gelado em direção ao espaço. Isso ainda não está claro.
As imagens mostram que os polos norte e sul de Encélado possuem a mesma cobertura de gelo.Fonte: NASA/Divulgação
O cientista da Universidade de Nantes Gabriel Tobie, coautor do estudo que detalha a descoberta, disse que essa área de gelo no hemisfério norte de Encélado “também parece jovem e provavelmente estava ativa há não muito tempo”, assim como a atividade registrada na área ao sul.
Um dos lugares mais promissores para a vida
Além da atividade geológica e do oceano subterrâneo, essa lua de Saturno também pode ter alguns tipos de reações químicas semelhantes às encontradas em áreas profundas da Terra. Tais características fazem dela um dos lugares mais promissores para a vida no Sistema Solar.
Mesmo com todo esse potencial habitável, não há previsão de nenhuma missão para Encélado em um futuro próximo, pelo menos por enquanto.
Dessa forma, a missão Cassini, encerrada em 2017, quando a sonda mergulhou em direção à atmosfera do planeta, deve continuar a fornecer informações sobre as luas de Saturno durante um bom tempo.
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