"Evolução das capacidades integradas de aterragem segura e precisa" (SPLICE na sigla em inglês) é o nome de um projeto divulgado pela NASA em um comunicado na última quinta-feira (17), cujo objetivo é melhorar a segurança de pouso e prevenir acidentes.
Visando tornar um futuro pouso na Lua e depois em Marte menos arriscados, a NASA construiu um sistema totalmente novo, misturando um conjunto de sensores a laser, uma câmera, um computador de alta velocidade e alguns algoritmos sofisticados. E, o mais importante, sem a necessidade de um piloto humano.
De acordo com o gerente do projeto, Ron Sostaric: “O que estamos construindo é um sistema completo de descida e pouso que funcionará em futuras missões Artemis à Lua e pode ser adaptado para Marte. Nosso trabalho é colocar os componentes individuais juntos e garantir que funcione como um sistema funcional”.
Como funciona o SPLICE?
O SPLICE pretende garantir que as futuras espaçonaves consigam pousar em uma grande variedade de locais, evitando pedregulhos e crateras. O sistema é capaz de identificar áreas-alvo seguras com apenas metade do tamanho de um campo de futebol americano (110 m x 49 m). Para se ter uma ideia da precisão dessas medidas, a área de pouso da Apollo 11 em 1968 era de 11x5... quilômetros!
O funcionamento do SPLICE tem início com uma varredura da superfície abaixo da nave com lasers. Após captado o estado do solo, o sistema faz uma comparação com um banco de dados de pontos de referência conhecidos, para descobrir exatamente onde a nave se encontra.
O processamento e a identificação do local exato se completa quando a nave está a cerca de 4 quilômetros acima da superfície-alvo, fornecendo uma orientação segura para o pouso. A Nasa espera que o SPLICE já possa ser utilizado pela 1ª mulher a pousar na Lua em 2024, como parte do programa Artemis.
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