Formigas de cabeça gigante suscitam ainda mais curiosidade sobre o evolucionismo. (Fonte da imagem: Alex Wild)
Um grupo liderado pelo pesquisador Rajendhran Rajakumar criou, em laboratório, uma série de formigas de cabeça gigantes, apelidadas de supersoldados. A equipe é ligada a Universidade McGill do Canadá e explorou resíduos de DNA de outros insetos para chegar aos resultados que, acredita-se, são similares a uma forma ancestral das espécies usadas no teste.
Relatos dão conta de que esse tipo de formiga era comum no sudoeste dos Estados Unidos e também no México, e elas eram especialistas em evitar invasões em seus formigueiros bloqueando os túneis com suas cabeças enormes.
O estudo consistiu em inocular uma substância química nas larvas das formigas. Como são as formigas adultas que despejam hormônios nas larvas para definir se elas serão soldados, rainhas ou trabalhadoras, o que o grupo de McGill fez foi reproduzir a técnica e chegar à criação de formigas supersoldados.
Para Ehab Abouheif, pesquisador do grupo, eles teriam conseguido provar que há um resíduo de DNA de seus ancestrais nas formigas atuais. “O que estamos mostrando pela primeira vez é que há este potencial ancestral ali, e quando empurrado pelo ambiente pode realmente desencadear este potencial de impulsionar a evolução”, afirmou o cientista a LiveScience.
Para o biólogo evolucionista Corrie Moreau, os resultados criaram seres comuns a ancestrais de 35 milhões a 60 milhões de anos atrás e levantam questões importantes sobre o evolucionismo. Ele questiona se outros insetos trilharam o mesmo “caminho evolutivo” das formigas e garante que “o estudo sugere que deveríamos procurar caminhos evolutivos conservados em toda a árvore da vida”.