(Fonte da imagem: Kendal Research Systems)
Uma das áreas mais promissoras da medicina, a optogenética promete acabar com a necessidade de acessar diretamente o cérebro para tratar doenças. Usando somente a luz, esse ramo da ciência é capaz de manipular células que interferem no comportamento, garantem maior coordenação do corpo no combate a infecções ou influenciam no tratamento de problemas mentais.
Um dos principais desafios enfrentados atualmente é o tamanho dos mecanismos utilizados, que requerem lasers espaçosos e desajeitados, além de um cabo de fibra óptica ligado diretamente ao paciente para que tudo funcione da maneira desejada. Isso dificulta o avanço da área, já que as pesquisas ficam reduzidas a uma quantidade muito pequena de profissionais.
Roteador para o cérebro
(Fonte da imagem: Kendal Research Systems)Essa história está prestes a mudar, ao menos se depender da Kendall Research Systems. A empresa desenvolveu diversos protótipos de dispositivos que usam a tecnologia wireless para trazer mais mobilidade à técnica científica.
Também estão sendo criados sistemas para controlar automaticamente experimentos de forma remota, o que deve ampliar o número de estudos possíveis de serem realizados.
Enquanto as técnicas tradicionais da optogenética trabalham com fontes de luz, os equipamentos desenvolvidos pela companhia apostam em LEDs e pequenos diodos de laser incorporados a um mecanismo, capaz de ser encaixado diretamente nos implantes cerebrais dos animais que servem como cobaias.
O dispositivo, que pesa somente 3 gramas, é abastecido por supercapacitores localizados próximos às áreas de teste. Também são utilizados controladores sem fio capazes de se conectar a computadores através de entradas USB. “É essencialmente um roteador para o cérebro”, explica Christian Wentz, fundador da Kendall Research Systems.
Tecnologia promissora
Wentz afirma que, embora os custos iniciais da tecnologia sejam semelhantes aos de um sistema de lasers convencional, é possível reduzir o tamanho dos aparelhos e deixá-los ainda mais baratos. A esperança é de que isso, aliado à liberdade de conduzir experimentos de forma remota, aumente substancialmente a quantidade de pesquisas realizadas.
Como a optogenética ainda é um campo de estudo relativamente novo, vai demorar um certo tempo até que sejamos capazes de tratar dores de cabeça com um simples feixe de luz. Porém, mesmo em um estágio inicial é possível ver que esse é um dos caminhos futuros para a medicina. Portanto, prepare-se: antes que você perceba, vai ter deixado de lado comprimidos e passará a modificar geneticamente seu cérebro para curar doenças.
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