A eficácia da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, começará a ser analisada a partir do dia 15 de outubro. A previsão foi dada nesta quarta-feira (9), pelo diretor do Instituto Butantan Dimas Covas, durante entrevista coletiva na capital paulista.
Parceira do laboratório chinês na produção do imunizante, a entidade vinculada ao governo do Estado de São Paulo é a responsável pela fase 3 dos testes clínicos no Brasil. Até agora, mais de 4 mil voluntários já receberam a primeira dose e parte deles está na segunda aplicação, mas todos os quase 9 mil participantes receberão as duas doses até o final de setembro.
Segundo o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Esper Kallás, a eficácia da vacina contra o novo coronavírus será medida com base na capacidade de prevenção da doença entre os imunizados. Ele também disse que o objetivo primário da fase 3 não é avaliar a capacidade de induzir a produção de anticorpos.
A fase 3 do ensaio clínico envolve cerca de 9 mil voluntários brasileiros.Fonte: Pexels
Recentemente, a Sinovac divulgou os resultados dos testes das fases 1 e 2. Os dados mostraram que 98% dos 421 voluntários com mais de 60 anos de idade apresentaram anticorpos contra o Sars-CoV-2 após a aplicação. A notícia foi comemorada por Covas e Kallás, pois os idosos são o público prioritário da vacinação.
Produção em massa
Caso os resultados da eficácia da CoronaVac sejam positivos, ao final da terceira etapa, o laboratório chinês e o Butantan farão acordo para a transferência de tecnologia, possibilitando a produção em escala industrial no Brasil, após liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com Covas, o Butantan pode entregar 46 milhões de doses ao Ministério da Saúde em dezembro, para início do programa de imunização. O fornecimento à população será gratuito, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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