O programa Artemis, criado pela NASA para explorar a Lua, terá que sofrer algumas alterações para realizar missões também em Marte, segundo um relatório do grupo Explore Mars. A informação foi divulgada pelos pesquisadores durante a edição virtual do Humans to Mars Summit, que aconteceu entre 31 de agosto e 3 de setembro deste ano.
O relatório teve como base um workshop com a presença de representantes da NASA e outras instituições e discutiu formas viáveis de explorar o Planeta Vermelho. Durante o evento, os participantes levantaram 85 atividades e funções relacionadas à exploração humana em Marte. Para os pesquisadores, grande parte da lista poderia ser beneficiada tanto pelo programa Artemis quanto por pesquisas na Estação Espacial Internacional (ISS).
Viagem da Lua a Marte
Os resultados do workshop indicaram que, para que isso aconteça, o Artemis terá que sofrer algumas mudanças. Segundo os planos atuais da NASA, a partir de 2024 a equipe de exploração do Planeta Vermelho receberá treinamentos na estação Gateway, que fica na órbita da Lua.
A tecnologista chefe de espaço civil e comercial na Lockheed Martin, Lisa May, discorda desse sistema. Segundo ela, "ter humanos na superfície lunar trabalhando, explorando, fazendo ciência e construindo uma presença sustentável não é adequado".
Alterações no programa Artemis
Atualmente, a NASA planeja utilizar a estação Gateway para estadias curtas. A tecnologista, no entanto, acredita que o treinamento deve ser o mais próximo possível da realidade, permitindo que a tripulação passe mais tempo na estação do que na superfície.
O relatório também sugeriu que, para mapear possíveis depósitos de água congelada que existem tanto no Planeta Vermelho quanto na Lua, devem ser realizadas missões preliminares de acessibilidade a essas reservas. "Entender o quanto nós vamos poder realmente extrair e usar vai definir a arquitetura do que vamos criar para ir para Marte e para a Lua", disse Clive Neal, professor da Universidade de Notre Dame.
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