Uma década separa o lançamento do primeiro chip quântico fotônico a fazer cálculos reais da primeira plataforma de nuvem quântica fotônica, agora disponibilizada por sua criadora, a canadense Xanadu, para desenvolvedores e empresas.
A Xanadu Quantum Cloud já vêm sendo testada em uma versão de pré-lançamento por universidades, startups quânticas e grandes laboratórios do Canadá; agora, o acesso vai ser estendido para clientes corporativos.
Um chip quântico fotônico usa fótons (partículas que formam a luz) em vez de eletricidade para funcionar (no caso da Xanadu, ele é baseado em estados comprimidos, que são um tipo especial de luz gerada por dispositivos fotônicos de silício integrados em chip).
A tecnologia desenvolvida pela Xanadu permite que os processadores quânticos operem temperatura ambiente.Fonte: Xanadu/Divulgação
A computação quântica aproveita os qubits – que, ao contrário dos bits da computação convencional, que transitam entre dois estados, 0 e 1, podem estar em sobreposição – para realizar cálculos que seriam muito mais complicados para um computador tradicional.
Dobro a cada semestre
“Chips de 24 qubits estarão disponíveis no próximo mês ou um pouco depois. Esperamos quase dobrar o número de qubits disponíveis em nuvem a cada seis meses”, disse à VenturaBeat o fundador e CEO da Xanadu, Christian Weedbrook.
O CEO da Xanadu, Christian Weedbrook, na sede da empresa, em Toronto.Fonte: The Globe and Mail/Tijana Martin/Reprodução
A empresa canadense ficou conhecida por sua biblioteca de software de código aberto para aprendizado de máquina quântica, computação quântica e química quântica, chamada PennyLane (à disposição de desenvolvedores no GitHub).
“Há um conjunto de aplicativos que é idealmente adequado para nossa plataforma de nuvem e nosso tipo de fotônica: a rede neural óptica quântica. E esse aplicativo está disponível no PennyLane, mas só é possível executá-lo na Xanadu Quantum Cloud", disse Weedbrook.
Sobre a PennyLane, ele diz não ter planos para atualizações. “No futuro, poderemos ter serviços profissionais e complementares vinculados ao Xanadu de forma exclusiva. O objetivo agora é construir o ecossistema, popularizá-lo e, assim, termos um padrão para o software quântico.”
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